"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
(I Co 13:4-7)
Há algumas semanas estava em uma reunião em minha casa e surgiu o assunto de filmes românticos (normal quando várias mulheres se reúnem) , falamos de grandes filmes como "Um amor pra recordar", "Meu primeiro amor", "Cartas para Julieta", "Querido John", entre outros, mas um deles me intrigou, "Ps. Eu te amo", lindo filme, linda história, como todo romance nos leva a sonhar alto, a desejar momentos, lugares, situações, enfim este me fez pensar além destas situações, me fez pensar durante semanas, o que realmente é o amor? Eu estou pronta para amar?
Cresci acreditando que o amor era uma paixão mais forte, aquela que você tem certeza que nunca vai acabar, engraçado isto porém sincero, mas analisando um pouco mais o assunto relacionei a definição que eu tinha para amor com o amor que sinto por meus pais e amigas (irmãs), não ficou legal, eu posso até usar mil argumentos para tentar me convencer de que sou apaixonadas por eles, mas não... É algo que vai mais além, claro que o amor que tenho por meus pais é diferente do amor que tenho por grandes amigas, mas a essência do amor em si tenho certeza que é a mesma.
Alguns dias depois estava no quarto com minha amigairmã Lilian, falando a respeito de muitas coisas (umas bobagens outras não) , e ela comentou que Deus havia falado muito com ela na semana com uma palavra muito conhecido e que muita vezes nos passa batida, I Coríntios 13, e logo depois que sai do quarto senti muito forte de refletir um pouco mais, e orando e falando com Deus voltei a questionar sobre o que é o amor, claro que durante conversas, cultos e reuniões ouvi coisas maravilhosas sobre o que e amar, mas eu precisava definir o que é o amor pra mim e analisar se realmente tenho amado as pessoas que estão em minha vida.
Li, Reli, e se tornou evidente que 90% do que aprendi com relação ao amor estava distorcido, mas algo no vs. 5 me chamou atenção, lá dizia: "...não busca os seus interesses,...", e eu me lembrei de quantas vezes escolhi algo simplesmente por saber que tiraria um sorriso de alguém e no fim de tudo acabei sorrindo por ver alguém sorrir, ou quantas vezes deixei de fazer algo que queria muito por saber que desagradaria o coração de alguém, e no final nem doeu não fazer, ou então quantas vezes desagradei o coração de pessoas que estavam ao meu lado e me arrependi amargamente porque no fim de tudo me senti pior do que elas.
De tudo isso eu entendi que você escolhe amar alguém, porque o amor se resume em buscar o interesse alheio e não os seus interesses, você não deve desconfiar (porque isso tira a liberdade do seu próximo, incomoda), respeitar, ceder, exortar, suportar em toda e qualquer circunstância, entre outras coisas que estão sobre seu poder de escolher fazê-las ou não.
No filme ele escolheu amá-la, e por mais complicada que fosse a situação ele honrou com sua escolha, não me lembro pq nem como ou o que ele tinha, mas me lembro que ele sabia que logo não estaria mais ao lado dela pois sua vida estava chegando ao fim, e sua única preocupação foi em como a deixaria bem, em encontrar uma maneira delicada e inesquecível de dizer que ele escolheu a amar, e que por mais estranho e doloroso que parecesse, ele não estaria mais aqui e de nada adiantaria ela tentar viver mais a frente um momento que foi bom, mas foi...
Ele simplesmente não buscou os seus interesses, ele se alegrou com a felicidade dela!!!
